24 de março de 2010

8 de março de 2010

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Tudo bem, o filme não levou a estatueta. Pouco importa. Vi o filme 3 vezes em 3D e não me arrependo. E digo mais: quarta-feira, em Brasília, vou assistir novamente, desta feita acompanhado pelos amigos e parentes do DF. Cada um leva do filme o que melhor lhe convém. A mim me convém: a) que maravilha de efeitos especiais! b) que coisa maravilhosa voar! c) quanto surrealismo!. A gente toma um banho, entende?! Tudo bem que os especialistas vão criticar isso e aquilo. E muito provavelmente terão razões técnicas para tanto. E muita gente vai apontar a presença de um discurso com viés x ou y. Tudo bem. De minha parte fica pura e simplesmente uma satisfação estética, já que minha burrice cinematográfica me impede de ver além das imagens (bom isso, não?!). Sim, eu vi Guerra ao Terror e... gostei. Assistiria novamente? Sim. Mas ficaria por ai.

7 de março de 2010

Neste pais, lugar melhor não há!

Há algumas canções brasileiras que, em algumas ocasiões, deram o tom da nossa vida em família. Muitas delas, se as ouvimos, nos conduzem ao espírito predominante naquelas circunstâncias. Na minha infância – ali pelos 6, 7 anos – rolava It,s Now or Never, na voz de Elvis. Hoje, qualquer membro da família que a escutar (exceto Fábio e Maurício, que só nasceram muito depois), será remetido a um tempo bom. Tempo em que comíamos vitamina de abacate, que estudávamos no Centro Integrado de Educação Luis Navarro de Brito, que íamos ver painho – técnico de futebol – movendo-se, inquieto e esbravejante, nas laterais do Campo do Nacional e do Fluminense. Tempos depois: “Ó pai, eu queria tanto ouvir o som que vai abrir o encontro triufal”. É que o Irmão Paulo, assim que se convertera ao Evangelho, comprara um gravador, que ele punha no criado-mudo, ao lado de um bando de fitas BASF. Nelas, canções do Grupo Logos, liderado pelo vocalista e letrista Paulo Cézar. E era uma canturia sem fim de Minéia e Márcia. E era uma peregrinação de membros da irmandade em casa. E era Jesus – havia sempre mais de dois reunidos – sempre presente. E, coisa engraçada, rigorosamente estava ali uma flagrante negação da Doutrina da Congregação, que proibia escutássemos outra coisa que não os Hinos de Louvores e Súplicas a Deus. Mas isso pouco importa. E dá-lhe BASF: E quando enfim chegar o dia mal, onde a dor parece até que vai vencer, bem lá no fundo, então, renascerá a paz que o mundo inteiro não entenderá. E dá-lhe BASF: É... Já não mais poderemos ficar juntos e orar, e pedir ao Senhor que nos ponha no peito Mais uma canção. E dá-lhe BASF: Nasce no meu peito a vontade imensa De cantar louvores ao Trino Deus e exaltar o nome do meu Pai eterno que do grande inferno já me resgatou. Mas o tempo passou e, nele, fomos passando por gerações de bandas e letras e canções. Até que chegamos àquele ponto onde nos dispersariamos para sempre(Fábio e Maurício já haviam nascido). Estávamos em Brasília e tomamos conhecimento de uma banda chamada Legião Urbana. Éramos muito rigorosos (perdoai a modéstia). De modo que, para nos impressionar, a música/banda precisava ser, de fato, boa. E aquela banda nos impressionou. Mais que isso: marcou nossas vidas para todo sempre. Era 1987 (é isso, Fábio?). Estávamos à beira do Rio Corrente quando, juntos, ouvimos pela primeira vez Faroeste Caboclo. João de Santo Cristo, o boidadeiro, Pablo, Jeremias e... Maria Lúcia, aquela menina gostosa. A música era imensa. 10 minutos para narrar uma saga. E quem não se lembra de: Ele queria sair para ver o mar e as coisas que ele via na televisão. E ainda: Comprou uma passagem foi direto a Salvador. E ainda: Estou indo pra Brasília, nesse país lugar melhor não há. E ainda: Meu Deus, mas que cidade linda!. E o verso mais tocante: - Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia.

Pois bem. Não vejo paradoxo algum – pelo menos sob a ótica da influência que causaram em nossas vidas – em juntar Paulo Cezar e Renato Russo num capítulo especial da biografia da família. E se foi um irmão Paulo – primogênito – quem inundou a casa de Logos, foi Fabinho – caçula –, e seu eruditismo musical, que contaminou de N músicas nosso quarto no bloco N.

5 de março de 2010

Filho de Peixe Peixe é

Nelzinho de Tialhanô


Aquele que é um bom crente,
e que a verdade investiga,
sabe que Deus não castiga
e que tampouco premia.
Por Sua sabedoria,
que o infinito permeia,
você colhe o que semeia,
pois, plantio é opção,
porém a colheita, não...
Não há vítima inocente!

Os que estão fora do embate
dessa onda vibratória
não fazem parte da história,
mas têm outra provação:
só de verem seus irmãos
nesses revezes da vida,
têm, de alma comovida,
exercitar compaixão,
caridade, dando a mão,
no amparo, no resgate.

Lembremos que o Todo é o alvo ...
Do Oceano da Vida
somos gotas, onde contida
está a Centelha divina.
Então, não há outra sina:
ninguém terá salvação,
enquanto qualquer irmão
inda estiver à deriva.
Se uma ovelha é cativa,
nenhuma estará a salvo!

É mesmo simples assim:
para uma planta nascer
um grão terá que morrer
no aconchego da cova.
Vida vai pra vida nova
surgir logo ali na frente.
No Haiti, morre a semente
mas no além frutos sobram.
Por eles os sinos dobram
e dobram também por mim!

O Amor é o supremo viço,
e só conhece o Amor.
Então, seja como for,
a Luz só conhece a Luz,
e Deus só a Deus faz jus.
Pensar num deus vingativo
é crer num deus que é só vivo
na mente que Deus não vai.
Terremotos, dores, ais...
Deus não tem nada com isso!

Deus por si se realiza,
e, como ensinou Jesus,
Deus é a Fonte da Luz
e eu sou Luz que dEla emana.
A inteligência reclama:
se sou filho e Deus é pai
Deus em mim se sobressai,
mesmo que eu seja um ateu...
E quem é filho de Deus,
brincar de Deus não precisa!

Elevemos nossas preces
ao Deus que, dentro de nós,
sussurra constante a voz,
clamando fraternidade
amor, perdão, caridade
e, em suma, todo o Bem.
Ninguém é mais que ninguém,
nem menos, somos iguais,
somos o eco dos ais
do Haiti que padece!

4 de março de 2010

Volume

Ando muito, muito chateado com minha barriga. Se tiro a roupa e apalmo todo o patrimônio barrigal construído desde que voltei de Mato Grosso, dá-me uma tristeza enorme. Trata-se, é evidente, de um problema sanável, qual seja: comer menos e praticar alguns exercícios. Como pouco, logo 50% do que me cabe fazer eu faço. Mas os benditos dos exercícios... Pensem comigo: fazer 5 voltas em torno do Dique Tororó (coisa de 1 hora e meia de caminhada). Não dá. Lamento. Ontem comprei umas roupas. Numa das calças eu entre muito bem. Ficou tudo certinho, afinal de contas é número 44. Mas um´outra, também 44, na hora de abotoar e de fechar o ziper foi uma lástima. Fechou, mas a respiração ficou abalada, além de volumes de minha amplitude terem saído do domínio do cinto. POis é. Mas fico feliz em saber que Petrônio, Fábio, Maurício e o irmão Paulo andam nas mesmas sendas. Ênfase seja dada à atuação dos dois últimos.

Penetrações do Cabeção


Tudo bem, leitores, eu entendo que o título acima conduz a diversos entendimentos. Mas só um deve ser considerado. Explico: Eduardo Cebeção, que me ajudou a selecionar pérolas de Nietzsche para o Implikant, acaba de inaugurar seu blog: O Penetra. Cabeção custuma penetrar, sem ser convidado, em festas e eventos de Brasília. Ele vê nisso uma grande glória para sua biografia. Cada um, cada um. Seja como for, a sua micro biografia postado no blog Supernova está excelente. Confiram.

3 de março de 2010

Padre

Não raro, há quem me atribua fumos de sacerdote; um quê de eclesiástico. Dizem que sou paciente e que sei escutar as pessoas. Se a gente for trabalhar a partir de minha biografia, há fundamento para isso. Vejamos: a) Durante muitos anos, comi borra de vela na... Congregação; b) Adolescente, fui semi-interno do Convento de Monsenhor Félix, de quem era pupilo; c) Aos 20 e poucos, iniciei, mas não concluí, o curso de Teologia em Brasília; d) Estou concluindo o curso de filosofia; e) Não me casei (embora tenha tido um conjunto razoável de relacionamentos). Ora, em face disso, sinto que Algo mais forte que eu me impele ao sacerdócio. E se esse é o meu destino, então não tem pra onde correr. Dai-me o hábito, incensos, óstias; beijai-me as mãos e fazei reverências à minha passagem.