11 de abril de 2007

Piercing

Ama, esse meu sentimento é epidêmico:
Eu sou mais um que entra nesta jaula.
A minha idéia já é algo fenomênico:
Poder tocar tuas mãos, no fim da aula.

Esse meu vasto sentimento, ama,
E essa minha idéia, que já virou fato,
Não cabe mais, de grande, em minha cama;
Não cabe nos limites do meu quarto.

Eu já não posso mais ficar comigo,
Circunscrevendo-me a Luiz e a Cláudio
Quero expandir bem mais meu horizonte.

Vou residir todinho em teu umbigo:
Aquietar-me nele e reduzir o áudio:
Beber teu ser no ponto exato: a fonte.

8 comentários:

Anônimo disse...

Luiz, eu daria qualquer coisa pra saber quem é a vítima dessas poemas!! Olha, não sei se gosto mais dos contos ou das poesias... adorei. Parabéns!!

Minha morenice na tua brancura é 10!!

Anônimo disse...

Luiz, eu daria qualquer coisa pra saber quem é a vítima dessas poemas!! Olha, não sei se gosto mais dos contos ou das poesias... adorei. Parabéns!!

Minha morenice na tua brancura é 10!!

Krháudynho disse...

Dani, obrigada pelos elogios. Meu ego agradece. Na verdade, sempre preferi a poesia. A questão é que o poeta depende (pelo menos eu dependo) de inspiração, de motivação (de uma musa, pra ser mais explícito), o que faz com que a poesia surja somente quando ela bem entende. Já a prosa, os contos e as crônicas, no meu caso, independem de inspiração. O simples fato de viver já trás milhões de temas. O que me falta é tempo para escrever as coisas todas que gostaria.

Dani, mande-me seu e-mail. De que Estado você? Qual cidade?

Quanto à sua curiosidade... aguarde.

A minha curiosidade é saber quem você é.

Um abraço!!!

Luiz Krháudyo

Anônimo disse...

Bela guinada, Luiz! Sua musa inspiradora (platônica) te arrebatou mesmo, hein?! Mais do que Vinícius de Moraes, você se aproximou da fase "erótica" de Drummond em "Amor Natural"...
Escrever sonetos é um exercício de criatividade, malgrado a forma rígida. Para essa torrente de poemas, o elã passional-romântico foi mesmo forte!...
Agora surge o dilema: contemplar apenas ou arriscar o contato? Alerta (pessimista ou realista?): quanto maior a idealização, maior a dor da decepção... Perdão pelo mau-agouro!...
Daniel
Brasília-DF

Anônimo disse...

Gostei muito, Luiz, principalmente das rimas inusitadas. Seu veio poético aflora cada vez mais!

Anônimo disse...

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Autopsicografia - Fernando Pessoa

Anônimo disse...

Este soneto me lembra você, em verso, prosa e coração...

Abraços carinhosos,

Diário indiscreto e outras confissões... disse...

Puxa!!Que qualidade em suas poesias, tão bom quanto Fernando Pessoa...

Um abraço!!