Hoje, que tudo posso, nada quero;
Pois tudo que hoje quero é não querer.
Da vida, nada mais que vida espero,
Nem quero nada a ela requerer.
Hoje, que tenho a chave do Segredo,
E hoje que posso desvendar meus olhos
E libertar-me posso do degredo,
E jogar fora todo esse trambolho
Que representa essa visão tacanha
Da vida – só querer o material;
Hoje, eu apago a chama que ardia
Em meu peito; peito que não se acanha
De um dia – besta – ter-se achado o tal.
A “liberdade, ainda que tardia.”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário