Duas postagens que fizemos abaixo (uma sobre Peninha outra sobre Eladia Blasquez) mereceram comentários do leitor e amigo Manoel Lacerda Lima, direto do Mato Grosso.
Acerca da postagem Completamente Seu, diz Manoel:
a) Na vida, como em tudo que está no Universo, os processos obedecem ao gráfico cartesiano de início, crescimento, ápice e decrescimento, até chegar ao ponto big-bang, onde a energia se concentra e explode para dar início a algo novo.
b) Nenhum fato é bom ou ruim. O que é bom ou ruim é a atitude que se tem diante do fato. Assim, sentir revolta e conformismo diante de um fato, é apenas uma questão de escolha. O conformismo é uma virtude, porque é atitude própria dos fortes (virtude se inicia com vir, de viril), dos que têm a consciência de que tudo pode ser rerpcessado.
c) O poeta dá a lição dos que vê apenas o lado bom da vida:
- Ter saudade é melhor do que ter um mundo vazio
- A esperança faz parte natural da minha vida
- Você me ensinou muitas coisas, entre elas, a de não deixar morrer o sonho de sempre ser feliz.
Acerca da postagem Honrar a Vida, diz Manoel:
Honrar a vida é viver intensamente o agora, dando verdadeiro significado ao existir, cujo alcance semântico vai além do significado de viver. Honrar a vida é estar consciente de que todo o universo circundante é produto da própria atitude mental. Saber que a queda (caída) pode fazer parte para aquele que não consegue transcender a lei de causa e efeito, tendo que cumpri-la, mas sabendo que cair é apenas uma etapa do levantar-se. A lei, toda lei, não existe para ser cumprida, mas sim, para ser transcendida. Só cumpre a lei aquele que provoca a materialização de sua incidência, que é sempre abstrata. Assim, quanto mais se transcende a lei de causa e efeito (lei do carma), mais se honra a vida. É um erro pensar que o sofrimento é necessário para a lapidação do caráter, pois ele é um processo de quem escolhe o caminho da dor, por não ter transcendido a lei de causa e efeito, obrigando-se à colheita do que plantou. Vejo na letra da canção de Eladia Blasquez uma mensagem oposto a de Francisco Octaviano, que expressou:
Quem passou a vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.
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