9 de janeiro de 2009

Retrovisor

Eu sempre achei que não houvesse vida
Do outro lado da tua ausência.
Achei que, ali, estava interrompida
Qualquer Vontade de sobrevivência.

Cheguei a desacreditar de tudo:
Do meu orgulho e da auto-estima.
Eu, que sempre fui um sujeito sortudo,
nulo: sem aço, sem eco, sem rima.

Mas eis que vem um dia após o outro.
Novas nuvens nascem no azul do céu;
Novo horizonte se me descortina.

E hoje, sem que perceba, vejo noutro
ponto: rosto bonito, mas sem véu;
Janelas abertas, mas sem cortina.

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