10 de setembro de 2011

E o sentido, Luciano?!

Durante meses, no curso de filosofia na Faculdade São Bento, fui editor dum hebdomadário chamado O Implikant. Nele, temas filosóficos foram tratados sob o manto do ecumenismo. Na pauta, sempre, rodeávamos duas palavrinhas - terríveis palavrinhas: verdade e sentido. A bem dizer, uma e outra dão no mesmo. Se chego ao sentido de tudo, chego à verdade que, aqui, vai no sentido não de conformidade, mas de... desvelamento. Rigorosamente, seria chegar ao "ser". Chegar àquilo que é. Chegar àquilo que não é aparente. Tocar o íntimo do âmago do ente. E, aí, encontrar o sentido de nossa existência. Chegar às razões radicais.


Durante algum tempo - algumas aulas - instei com o professor Luciano (vulgo O Mestre) para que centrássemos nossos esforços mentais naquilo que, pra mim, é o essencial em filosofia. Mas fi-lo numa aula de fenomenologia que não tem esse objeto como seu elemento base. Particularmente, em que pese meu respeito pelo Mestre, o único sentido de haver filosofia é buscar o... sentido do real (contraditório?).

Buscar sentido (a verdade) é estar doente. A cura? A ilusão. Nada além de uma ilusão. "Eu não quero nem peço, para  o meu coração, nada além de uma linda ilusão". Mas quando tenho surtos, Luciano, não quero nada, nada além da verdade. Só ela me libertará.
  



Um comentário:

Silvinha disse...

Cláudio Sena, pergunto-me se ja descobristes o facebook. Aposto que minhas tardes seriam mais engraçadas. Saudade de ti. Vai um meio amargo ai?!?!
PS: fevereiro 2012 desembarcamos em terras baianas. Aguarde-nos.