19 de dezembro de 2006

Capilaridades

Andei fazendo estudos acerca de depilação à base de cera quente. No final de janeiro, quando minha barba deverá estar suficientemente grande, devo me submeter a essa tortura. Na verdade, não estou com medo. Estou desesperado. Todos os sites que consulto dizem que há uma série de elementos preliminares (sem maldade, pessoal) que atenuam a dor; mas acrescentam: "dói". Esse "dói" é que dói em mim. Sei que posso terminar meus dias sobre a face da terra sem ter que passar por essa, afinal de contas: prestobarba e similares hão aos montes em qualquer boteco. Mas... não, não é masoquismo. É que uma voz do além me diz: "Você está predestinado a fazer esse sacrifício, meu filho!!" (isso numa voz de trovão por trás de nuvens escuras e densas). Além da voz do trovão, esse sofrimento de alguns minutos poupar-me-á de barbear-me por uns bons 20 dias (para um baiano, isso signifique um rito a menos no seu dia-a-dia). Depois, deixo a barba crescer novamente, fico com aspecto de morador do viaduto Airton Senna (eis a pior parte) e, novamente, cera quente. Dentro de alguns anos, direi para meu sobrinho Tim: "Deixa de tu cê medroso, muleque! Vai! E não faça essa cara de Luiz Cláudio em janeiro de 2007!!!"

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu sabia que isso era por uma boa causa baianês!! Tudo pela preguiça!!!

Viva a preguiça!!

Silvinha disse...

Se quiser... venha a BrasÓlia que eu posso pessoalmente ajudar nessa ardua, porém prazerosa (pelo menos pra mim) tarefa... faço questão inclusive... la em casa tem todo o aparato, tu vem com a coragem, que eu vou com cêra, beleza?!?!?
Bjs