26 de janeiro de 2009

Louvores e Súplicas a Deus

Na infãncia e na adolescência fui clarinetista. Não era, é bem verdade, um Paulo Moura, um Kenny G. Mas nenhum dos músicos da orquestra testemunhou qualquer nota desafinada minha. Tocávamos um repertório de 450 peças sacras. Ora, quem toca clarineta necessariamente toca flauta doce. Eu toco flauta doce.

E, por um tempo, nos idos de 1998, morei num pequeno apartamento no Jardim Apipema, em Ondina (Salvador, Bahia, Brasil, Terra, Cosmo). Trago comigo, sempre, minha flauta. Volta e meia, entre uma leitura e outra, toco. Já sei: nem Paulo Moura nem Kenny G. Toco pra mim, irmãos e irmãs.

E tem uma canção que, num dado fim de tarde, de uma dada data, eu estava "pegando" (Para músicos, "pegar" corresponde a exercitar a execução da melodia de modo perfeito, ou quase perfeito). Peguei e fiquei feliz. A melodia era "Nothing,s Gonna Change My Love For You", do George Benson.

Pois bem, na manhã do dia seguinte, um domingo de sol em Salvador, acordo e ouço, ao longe, aquilo que parecia uma fanfarra, uma banda dessas de 7 de setembro. E executava (pasmem!) Nothing,s Gonna Change My Love For You. Não acreditei. Desci do prédio, corri até a rua e acompanhei a banda até que ela começasse a tocar Tieta, de Caetano.

Eu também acho que essa minha história cheira a ficção. Mas é a mais pura verdade. E, depois disso, essa canção começou a ser executada em ocasiões as mais inusitadas.

Peraí. Deixa ver se eu acho minha flauta por aqui...

2 comentários:

d.b disse...

vai ver que eles ficaram espiando o senhor tirar a musica, fazendo o trabalho todos pra eles só irem lá e tocar...

Anônimo disse...

Mesmo que isso tivesse ocorrido nos states, ainda assim seria o cúmulo da coincidência.

mauricio